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O Instituto Florestal, órgão da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado, recebeu na sexta-feira (5/5), em Dracena,
veículos, barcos, motocicletas, motores e diversos equipamentos,
no valor de aproximadamente R$ 600 mil, que serão utilizados na
implantação e fiscalização dos parques estaduais
do Aguapeí e Rio do Peixe. Os equipamentos foram adquiridos pela
Companhia Energética de São Paulo - CESP, como compensação
pelos impactos ambientais causados pela construção da Usina
Hidrelétrica Sérgio Motta, no Pontal do Paranapanema, região
Oeste do Estado.
Segundo Maria Cecília Wey de Brito, diretora-presidente do Instituto
Florestal, os dois parques foram criados, respectivamente, em 1998 e 2002,
mas só agora estão sendo implantados efetivamente. “Isto
se deve à conjunção de forças de todos os
setores da sociedade, disse, entre os quais a CESP, que está atendendo
as demandas da região”.A diretora ressaltou a importância
das duas novas áreas, lembrando que se trata de trechos de várzea,
com uma biodiversidade que precisa ser protegida.
O engenheiro Claudio Luiz Peretti, da CESP, salientou que a conclusão
da primeira fase prevista no licenciamento da hidrelétrica possibilitou
a aquisição de 9 mil hectares do Parque Estadual do Aguapeí,
cujo perímetro de aproximadamente 80 km foi totalmente cercado.
Além disso, a empresa procedeu à compra dos equipamentos
e vai destinar recursos anuais da ordem de R$ 200 mil, durante o período
de operação da usina. A próxima fase prevê
a aquisição de 11 mil hectares para a implantação
do Parque Estadual do Rio do Peixe.
O ato de entrega dos equipamentos contou, ainda, com as presenças
de José Roberto Zarzur, secretário de Ações
Estratégicas de Dracena, Claudio Monteiro e Hélder Henrique
de Farias, diretores do Instituto Florestal, e outros.
Os parques
O Parque Estadual do Aguapéi, criado em 2 de julho de 1998, pelo
Decreto Estadual nº 43.209, ocupa parte do território dos
municípios de Castilho, Nova Independência, Guaraçaí,
São João do Pau D'Alho, Monte Castelo e Junqueirópolis,
num total de 9.044 hectares. O Parque Estadual do Rio do Peixe, criado
pelo Decreto nº 47.095, de 18 de setembro de 2002, possui uma área
de 7.720 hectares, abrangendo os municípios de Presidente Venceslau,
Piquerobi, Dracena e Ouro Verde.
Os dois parques cumprem a função de resguardar amostras
dos ecossistemas que outrora existiam nas desembocaduras dos rios paulistas
que deságuam no Rio Paraná, locais que apresentavam vegetação
exuberante e fauna típicas de banhados e varjões. As matas
são de vegetação adaptada às condições
de elevada umidade do solo, solos encharcados ou submetidos a inundações
periódicas, com a formação de lagoas e meandros nos
quais ocorre uma elevada produtividade orgânica que contribui para
a formação de rica biomassa vegetal que dá suporte
e mantém o hábitat de variada flora e fauna. A área
inclui uma pequena, mas resistente população de cervo-do-pantanal
(Blastocerus dichotomus), o maior cervídeo da América do
Sul, que integra a lista oficial brasileira de mamíferos ameaçados
de extinção.
Contém ainda grande variedade de espécies, dentre elas a
onça-parda, gato-do-mato, porco-espinho, queixada, cateto, anta,
veado-mateiro ou catingueiro, lontra, ariranha, raposa, cotia, paca, gambá,
teiú, jacaré-preto, jacaré-do-papo-amarelo, capivara
e outras. Entre as aves destacam-se o jaburu, colhereiro, garça,
garça-parda, socó-boi, anhuma, pato-selvagem, gavião-pomba,
tucano-de-bico-amarelo, tucano-de-bico-vermelho e outras.
Veja abaixo a relação dos equipamentos que o Instituto Florestal
vai receber a título de compensação ambiental:
• 2 veículos pick-up 4X4, cabine dupla, motor movido a diesel
2.8, cor branco;
• 2 engates para reboque;
• 4 motocicletas, tipo trail, motor 4 tempos, a gasolina, partida
elétrica, freio dianteiro a disco e traseiro a tambor, novos;
• 4 capacetes fechados injetados em ABS, com viseira de 1,5 mm termoformada,
sistema de acionamento automático de abertura, dispositivo de aeração
montado na parte superior e sistema de cinta jugular com engate rápido;
• 1 barco em alumínio liga naval, com espessura de 1,5 mm,
casco fundo semi-chato de proa lançada com estrutura em perfil
trapezoidal, para motor de popa, com 6 metros de comprimento, com capacidade
para cinco pessoas;
• 1 barco em alumínio liga naval, com espessura de 1,5 mm,
casco fundo semi-chato de proa quilhada, para motor de popa, com 6 metros
de comprimento, com capacidade para cinco pessoas; 1 carreta para transporte
de barcos de 5 a
6 metros, equipada com motor de até 40 HP;
• 1 carreta para transporte de barcos tipo "chata" de
5 a 6 metros, equipada com motor de até 40 HP;
• 10 salva-vidas acima de 100 kg;
• 1 motor de popa de 40 HP;
• 1 motor de popa de 25 HP;
• 2 tratores agrícolas com motor Perkins de 85 CV, pesos
dianteiros e toldo refletido, controle remoto duplo, pneus e acelerador
de pé;
• 2 arados com controle remoto a óleo;
• 2 roçadeiras de correia central e lateral, com roda guia;
• 2 queimadores para incêndio controlado, em aço inoxidável,
com capacidade para 5 litros;
• 20 óculos de proteção para combate a incêndio;
• 20 abafadores manuais de placa para
combate a incêndio; • 20 bombas costal anti-incêndio,
reservatório em poliuretano de alta resistência (rígido)
com capacidade para • 20 litros, acionamento manual, bomba de latão
com bico regulável para curto e longo alcance (até 12 metros);
• 2 navegadores GPS com unidade de recepção com visor
de cristal líquido e antena integrada, tecnologia Phase Trac 12,
com 12 canais paralelos; 2 motobombas portáteis, centrífuga,
4 estágios, de alta pressão, 2 tempos a gasolina, potência
mínima de 85 cc, 10 hp, vazão mínima de 1.200 litros/minuto;
• 2 carretas-tanque agrícola, em aço carbono, com
capacidade mínima de 6.000 litros, com dois eixos simples, com
escada externa e suporte para canhão e estrutura metálica
para fixação de bomba portátil de alta pressão;
• 2 mangueiras de incêndio 1 ½" x 30 metros e
• 2 esguichos reguláveis 1½".
Fotos
Pedro Calado
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