O primeiro megacomando de fiscalização sobre carros, caminhões, vans e picapes movidos a diesel deste ano foi realizado ontem, quarta-feira, 22/06. A operação realizada simultaneamente em 22 pontos do estado de São Paulo resultou na vistoria de quase 40 mil veículos e 964 autuações.

A operação é realizada com o uso da Escala de Ringelmann – que compara a intensidade de fumaça preta emitida com os tons colorimétricos impressos nesse instrumento. A multa para condutores de veículos emitindo fumaça preta é de 60 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESPs), correspondente a R$ 1.413,00, dobrando o valor a cada reincidência.
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Rotineiramente, a Cetesb mantém a fiscalização sob os veículos, que é intensificada com chegada do inverno com a realização de comandos simultâneos nas principais rodovias do estado.

Durante o inverno, quando as condições meteorológicas costumam ficar desfavoráveis à dispersão dos poluentes, são realizados os megacomandos pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, por meio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) que visam evitar episódios críticos de poluição do ar, principalmente, em relação às fontes móveis (veículos).

Os comandos com abordagem de veículos aconteceram no Km 13,5 do Rodoanel, em Barueri, com apoio da Polícia Rodoviária, e na Avenida Independência, no município de Sorocaba.

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Efeitos na saúde

Grande parte dos poluentes presentes no ar da Região Metropolitana de São Paulo é proveniente dos 7,3 milhões de veículos (frota de 2015) que trafegam por suas ruas e avenidas. Outras regiões do estado com grande atividade de veículos também são objeto da Operação Inverno.

Nas cidades aonde a maior parcela dos poluentes vem de indústrias, como em Cubatão, a ênfase da campanha é destinada a esse setor.

Os poluentes emitidos pelas atividades industriais e comerciais e principalmente pelos veículos agridem a saúde de toda a população, em especial, as crianças, os idosos e os indivíduos com problemas respiratórios ou baixa resistência imunológica. Há um aumento sensível nos atendimentos e nas internações hospitalares e também no número de mortes causadas pelo agravamento de doenças já existentes. Os problemas mais frequentes são a redução da capacidade de trabalho e de aprendizado, irritação dos olhos e das vias respiratórias, redução da capacidade pulmonar, asma, bronquite, agravamento das infecções pulmonares e problemas cardíacos.

Texto: Rosely Ferreira
Fotos: Pedro Calado